O feriado de 21 de abril foi de festa no Campo do Ceará Mirim, e como não poderia ser diferente, foi comemorado mais um aniversário do melhor campo da capital, agora o Ceará Mirim tem 29 aninhos. Como parte das comemorações, foi realizado um grande torneio de cinquentões para movimentar a comunidade.
Foram 14 equipes participantes; Sub-100, Fortalezinha, Rio Negro, Santa Rosa, Saca, Álvaro Weyne, Mulambo, Madureira (Bosco), Mangueira, Sabará, Pici, Madureira Sérgio, Ypiranga, Santana.
Roberto, Neto, Ivanildo Ibiapaba e Elías |
O campeão foi o Fortalezinha do meu amigo Caraúbas, que fez uma belíssima campanha no torneio e levantou o troféu, consagrando-se campeão 2016. Em falar em troféu, diga-se de passagem, o troféu era um espetáculo. O troféu foi confeccionado pela JG Metalúrgica do amigo Jonas Alan. Além de perfeito, o troféu levava a homenagem a saudoso Santos, mais conhecido com Zé Animal. O querido Santo ia com frequência ao Racha dos Cinquentões nas quintas-feiras e era querido por todos. Homenagem justa!
Fortalezinha campeão |
O evento ainda contou com a presença do Vice-Presidente da Federação Cearense de Futebol, Eudes Bringel, mostrando que o badalado campo do Ceará Mirim é frequentado por representantes da maior entidade futebolística do nosso estado. Na oportunidade Eudes Bringel, fez a entrega do troféu ao campeão Fortalezinha.
Eudes Bringel - vice-presidente da FCF, faz a entrega do troféu ao campeão |
Conheça a história do homenageado!
Santos "Zé Animal" |
José Ribamar Nogueira dos Santos, ou somente Zé Animal, jogador de extrema habilidade, driblador dos mais notáveis que passou pelo futebol do Piauí, Santos chegou em 1972, para defender o Parnahyba no Campeonato Piauiense. Começou a fazer história ali mesmo, no Estádio Petrônio Portella, tornando-se o principal goleador azulino naquela temporada, onde chegou a assinalar cinco gols em um único jogo.
Logo seu futebol chamou atenção dos grandes da capital e o Tiradentes o contratou. Com a camisa do Amarelão da PM, fez furor nas defesas adversárias, não importando se o jogo era do Campeonato Piauiense ou do Campeonato Brasileiro. Terminou bicampeão piauiense em 1974 e 1975.
Num Tiradentes e América do Rio, quando o time carioca ainda era um dos grandes do futebol carioca, teve uma atuação inesquecível, marcou dois gols e foi um dos principais destaques da partida, ao lado de Roberval, seu companheiro de ataque. Mais tarde Santos vestiria a camisa do Flamengo, do River, sempre com o mesmo brilho. Terminou conquistando outro bicampeonato, desta feita pelo River, em 1977 e 78.
Voltaria ao Flamengo no início da década de 1980, para posteriormente regressar a Fortaleza, sua terra natal, onde nascera no dia 08 de julho de 1951. Uma última vez ele tornou a pisar o gramado onde foi ídolo: na noite de 26 de agosto de 1998, quando uma seleção cearense de máster enfrentou a do Piauí na mesma categoria, pelas comemorações dos 25 anos do Estádio Albertão.
No dia 17 de fevereiro de 2016, o coração de José Ribamar Nogueira dos Santos parou. Foi-se o homem, foi-se o ídolo, ficou a eterna lembrança de um dos maiores dribladores que o futebol piauiense já viu.
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